Dezenas de profissionais de saúde, incluindo médicos e enfermeiros, manifestaram-se ontem à tarde no hospital de Penafiel em protesto com as dificuldades nos serviços de urgência.

Nos corredores das urgências, 60 doentes encontravam-se internados, por falta de vagas para internamento.

Em declarações à SIC Notícias, os profissionais de saúde do Hospital Padre Américo falaram em “cenário de guerra” e num problema que se arrasta há muito tempo.

Ana Reis, médica no CHTS, foi mais uma porta-voz do descontentamento dos profissionais de saúde. Em declarações aos jornalistas, falou em falta de condições dignas para os doentes e também garantiu que é uma situação que se arrasta há muito tempo.

Em resposta, Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em declarações à Rádio Clube de Penafiel, falou numa série de circunstâncias que motivaram uma maior afluência às urgências.

Carlos Alberto nega que esta situação caótica no serviço de urgências seja recorrente, ao contrário do que é defendido pelos profissionais de saúde do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

O presidente do Conselho de administração garantiu ainda que de ontem para hoje o número de doentes a aguardar internamento diminui: passou de 60 para 24 e que na noite de hoje este número ainda irá diminuir.

Questionado se o Hospital de S.Gonçalo de Amarante, que integra também o CHTS, poderia ser uma solução para responder à excessiva afluência às urgências no Hospital de Penafiel, Carlos Alberto considera a urgência do hospital de Amarante é mais básica e não é por isso solução para o problema.

O presidente do CHTS não descarta uma requalificação das urgências do hospital de Amarante, mas acha difícil que aconteça.

Carlos Alberto deu a conhecer ainda o caminho que considera que tem de ser feito no hospital de Penafiel.

Dezenas de profissionais de saúde manifestaram-se então ontem no hospital de Penafiel, manifestando falta de condições nas urgências e falando de uma situação recorrente. O presidente do CHTS, como se pôde ouvir, discorda.